31 de julho de 2007

Nova casa...

É desta! Por motivos vários, quis trocar umas coisas no blog, e a única maneira de fazer isso (ou a mais fácil para mim que não percebo nada de programação - ou quase nada) foi criar um novo e transferir todo o conteúdo.

Ta-da!

Aqui está ele, um bocadinho amachucado pelo processo de mudança (não há companhia de mudanças que não deixe mossa...), mas com todo o conteúdo e a forma quase igual. Os outros ajustes ficam para depois. Sugestões, podem enviar por mail. Críticas, só se tentarem na Deco ou na Procuradoria Geral da República. Eu não as aceito!

Reminiscências do S.O.

Diz um paciente na ala masculina
- "Ó Maria... Ó Maria... Não fujas Maria, vem cá." (Repetido umas dezenas de vezes)
- "Largue-me! Já estou farto de o ouvir gritar! E pare de me chamar Maria" Responde o enfermeiro, de vozeirão grosso e mais que farto de aturar o velho.

Já de madrugada, na ala feminina
- "Larguem-me! Eu tenho de sair! Não posso ficar aqui retida! Vocês sabem quem eu sou?!?"
- "Se tinha de sair, para que é que fez o que fez?"
- "Vocês não sabem quem eu sou! Nem o que fiz! Se o fiz é porque tinha motivos muito fortes para isso! Quem é que acham que são para me julgar? Eu tenho de sair daqui!!!"
- "Sem alta do médico não vai a lado nenhum! E pode parar de procurar a sua roupa porque está guardada."
- "Eu saio daqui nem que seja de bata!"
- "Ó (nome)... vai ver se o médico está disponível..."

Murmúrios na cama do lado, escondida por uma cortina. A voz da mãe a tentar acalmar a paciente, e explicar que era o melhor sítio para ficar. E não, não era uma criança assustada. Era uma adulta na casa dos 50.

(E não, não são todas reminiscências da mesma noite. Mas, enquanto passei a noite em observação, na 3a, fui-me lembrando de cenas de outros internamentos de urgência. E só queria que aparecesse o Dr. House para descobrir num instantinho o que estava de errado comigo, e me despachar para casa. Felizmente que roubei umas revistas da sala de espera quando fui fazer o TAC, senão tinha morrido de tédio.)

Pergunta do dia...

Se os prédios habitacionais em Lisboa crescem como cogumelos, porque é que a população continua a diminuir?

spam, spam e mais spam (com insulto final)

Hoje lembrei-me de ver o mail num endereço antigo, que não usava há pelo menos 6 meses. Qual não é o meu espanto, tinha 821 mensagens novas. O meu primeiro pensamento foi - ora bolas, esqueci-me de cancelar umas mailing lists. Mas não. Excepto uma mensagem de boas-vindas ao novo sistema beta, era tudo spam. Bem, tudo tudo não. Havia uns quantos que, pelo assunto, me pareceram fraudes bancárias e não só. Felizmente que existe o select all para não perder mais de 2 minutos a apagar o lixo!

Já agora... Reactivei outro endereço de email na semana passada, e, para variar, tinham mudado o aspecto da coisa e apagado todas as mensagens. Não é muito chato, porque quase não o uso, mas tinha os dados de registo de alguns sites que davam jeito. Enfim, coisas que acontecem quando se confia na microfofo (é um endereço @hotmail.com). O mais chato foi dois dias depois. Embora tenha esse endereço há pelo menos 9 anos, há uma tipa qualquer na américa latina que implicou que o endereço é dela, e além de o dar a todos os amigos (e são mais que muitos) e usar para registar nas mailing lists, resolve periodicamente tentar anular a password para ficar com o endereço.

Como eu nunca descobri quem era a peça, e me fartei de responder aos amigos a avisar que tinham o endereço errado (e a insultá-los nos dias não...), fica aqui o recado:

Ó minha besta! Podes tirar o cavalinho da chuva que não me vais fanar o endereço de email! Primeiro, porque para anular a password é enviado um email para o endereço a confirmar a anulação da password, e só quem é o legítimo dono do endereço (ou quem tem a password original) é que o pode anular. Segundo, porque me dá muito jeito ter um endereço de email só para registar em sites e receber spam, para não conspurcar os outros endereços. Terceiro, porque me irritou a atitude, e é sempre bom ter uma base de dados de endereços de pessoas a quem posso insultar quando estou chateada. E se não percebes por não estar em espanhol, arranja um dicionário ou aprende uma língua de gente!

E pronto, foi o desabafo possível. Se alguém quiser endereços de pessoas para chatear, é só pedir!

A pancada foi grande.

Isaac Newton (sim, o gajo da maçã e da gravidade) previu o fim do mundo para 2060.

Em 1704, o ilustre senhor chegou a essa data baseado no livro de Daniel, da bíblia, segundo o qual passariam 1260 anos entre a refundação do Santo Império Romano por Carlos Magno (em 800 d.c.) e o fim do mundo. O manuscrito que apresenta essa prova científica foi apresentado na universidade hebraica de Jerusalém.

Das duas uma - ou o que caiu na cabeça de Newton foi uma melancia, ou é melhor começar a programar a festa de despedida do mundo. Como não foi avançado nenhum dia e mês específico, sugiro tirar esse ano de sabática, e fazer festas de arromba todos os dias. Uma delas vai ser a tal em que não há dia seguinte com respectiva ressaca; quanto às outras... Nada que Gurosan não resolva!

Impressionante...

Descobri este blog, e fiquei impressionada. Não é para rir, é sério e dá que pensar. E para ficar um bocadinho triste, mas não em demasia. O nome diz tudo - Flavia vivendo em coma.

Carro com tratamento VIP

Finalmente já tenho o meu carrinho novo!! Estava toda contente com os acessórios que vieram com o carro, mas hoje descobri o melhor deles todos: o carro veio com tratamento VIP!

Passo a explicar. Desde que peguei no carro hoje de manhã, que toda a gente me tem deixado passar à frente. Desde peões na passadeira que insistem para que eu passe primeiro, a um carro na Lusíada que praticamente parou para me deixar entrar! Um autocarro abrandou e fez sinais de luzes para que eu, paradinha no cruzamento, entrasse antes dele. Vários carros fizeram o mesmo. E, a cereja no topo - à chegada ao trabalho, (onde tinha sempre de estacionar o carro e identificar-me, apesar de os seguranças estarem fartos de me conhecer e terem a matrícula na lista dos carros autorizados) a cancela estava aberta! E não a fecharam!!! Entrei à grande, e ninguém me chateou!!!

Estou a adorar o meu carrinho novo! Especialmente com este novo "acessório"! :D

Então era por isso...

Já farta de andar às turras com o corrector ortográfico do Word, resolvi procurar num dicionário online o significado de várias palavras. Uma das que sempre me irritou foi a palavra "órgão", por achar que não tinha de ter o acento no "O". Qual não foi o meu espanto, a resposta das duvidas linguísticas da Priberam foi a seguinte:

"Todas as palavras portuguesas (excepto pronomes átonos como me, te, lhe ou certas palavras gramaticais como de, a) têm um acento de intensidade máxima, que corresponde a uma sílaba tónica; essa sílaba pode ser marcada com acento gráfico na vogal (ex. água, mea, mido) ou não (ex. cama, lugar, peru). De facto, as palavras em português só podem ter um acento gráfico (excepto se se tratar de uma palavra hifenizada, como água-pé ou pré-histórico), acontece, no entanto, que o til não é um acento, mas sim um sinal diacrítico para indicar a nasalidade de uma vogal. É muito frequente, nas palavras que têm til, que o acento da palavra (que não tem de corresponder a um acento gráfico) coincida com o da sílaba que tem o sinal de nasalização (ex. amamentação, calções, corrimão, manhã), mas isso nem sempre se verifica."

Portanto o til não é um acento. Ia jurar que me ensinaram na primária que era um acento. Será que devo procurar todos os professores de português que tive, para pedir explicações?

Que bem que se está no campo...

Ontem deparei-me com uma cena bucólica. Um pastor tentava tranquilamente levar as suas cabras, com a ajuda de 3 ou 4 rafeiros, para o outro lado da estrada. Os cães não eram grande coisa como cães pastores, mas à força de entrarem e sairem a correr do meio da estrada lá conseguiram parar o trânsito e escoltar o rebanho para o "pasto" do outro lado. Não fosse estarmos no meio da cidade, a cena seria do mais idílico possível.

O Zé faz falta?

Estava eu muito bem a conduzir, quando me deparo com um cartaz verde gigante (outdoor para os mais preciosistas), com escrito em letras grandes "O Zé faz falta". Por baixo tinha um nome e apelido qualquer, e em letras pequenas, uma referência a um site e o símbolo do bloco de esquerda. Mesmo ao lado, cartazes de outros partidos anunciavam "Competência" (CDS-PP), "Rigor" (PS), "Lisboa a sério" (PSD) e "CDU, força alternativa".

Ora bem, o cartaz do BE tem muito que se lhe diga.

A começar pela cor: meus caros bloquistas, não se muda assim de cor de vermelho para verde, e de um dia para o outro. Além de que já há um partido melancia, que é o PEV (partido melancia é aquele que é verde por fora e vermelho por dentro, ndr)

Depois, a história da inconsistência entre o candidato ser só o Zé, e os gajos que estão a ser citados terem direito a primeiro nome completo e apelido. Tudo ilustres desconhecidos, claro, até porque de certezinha que há mais de um tipo chamado Luís Represas em Portugal.

E finalmente, o ponto fulcral: "O Zé faz falta". Dá pano para mangas analisar - começando por quem é o Zé, e acabando no porque faz falta. O meu primeiro pensamento foi terminar a frase com "para animar a malta". Lembram-se da música, "o que faz falta é animar a malta"? Pois, o Zé (Povinho) é bom para isso. Depois pensei: quem raio é o Zé? O Zé do talho? O da mercearia? O taxista? Esses realmente fazem falta. Será o Zé(zé) Camarinha? Parece que as estrangeiras gostam dele, mas será que faz assim tanta falta em Lisboa? Que tal o Zé Socras (José Sócrates para os mais respeitadores do protocolo)? Esse consegue animar a malta com discussões filosóficas sobre o seu curso, e inspirar greves e manifestações - será uma indirecta para dinamizar as marchas populares?

A pior hipótese que me ocorreu foi ser o Zé Castelo Branco... Ia ser lindo, vê-lo desfilar como presidente da Câmara de Lisboa, a discutir com os assistentes quais prédios em mau estado iriam ser cobertos de Chanel, e quais de Louis Vuitton. E a banir cães com mais de 20 centímetros e pessoas com mau aspecto ou mal vestidas. Por outro lado, devia de ser dos primeiros a acabar com os buracos na rua, que são um horrrrrorrrrrr para quem anda de limusina a tentar maquilhar-se.

Problemas técnicos

Devido a problemas técnicos, este blog saiu da blogsfera por um período de tempo.

Ora aí está uma forma muito razoável e bastante bem aceita para explicar aquilo que, ou não tem explicação, ou não se quer dar a dita. E por agora é a minha armadura. Problemas técnicos, e em caso de dúvida, RTFM. :)

Mas estou de volta. Ainda sem acesso decente à net, mas de volta.

As taxas "temporárias" que duram e duram

Pelos vistos não é só por cá... A moda é global!

Bacalhau com batatas?!?

Dia 9 na Republica Dominicana - Estou a ficar farta de ser chamada "bacalhau com batatas". Vou começar a baralha-los! Sob sugestão da nova guia local (entrou como turista, mas está da cor dos nativos...), passo a responder "mão de vaca com grão", ou "pézinhos de coentrada". Ah pois é!

(Se apanho o gajo que originou o bacalhau com batatas....)

Redefinições...


Está tudo explicado... Não sou desarrumada nem desorganizada! ;-)

Aaaaaaaargh!!

Tive a brilhante ideia de ir experimentar bikinis. Pensei "bem, vou de férias daqui a 15 dias, se calhar não é má ideia comprar roupinha nova para usar na praia"... Pois. Tive uma revelação surpreendente no provador - estou gorda que nem um texugo! Ok, estou a exagerar - estou apenas gorda que nem uma texuguinha. O facto de o pneuzinho extra mal dar para as rodas de um skate é fraca consolação nesta fase do campeonato.

É que já não tenho tempo de fazer nada quanto a isso. Dietas são lentas; ginástica idem; cirurgia plástica é rápida a perder peso, mas demora demasiado tempo a recuperar; e quanto aos comprimidos milagrosos que prometem perder 7 kg em 3 dias (ou era 3 kg em 7 dias?!?)... Além de não acreditar neles e achar que são um perfeito disparate, tenho a noção de que os 3 kg (ou 7...) que alegadamente se perde são de ÁGUA. Sim, porque a ordem em que o nosso organismo vai consumindo os alimentos é: açúcares, carbohidratos, proteínas e gordura. Ou seja, mais facilmente se perde massa muscular com dietas malucas do que a gordurinha extra...

Só não percebo é como isto me foi acontecer! No ano passado estava demasiado magra! Não me digam que só por deixar de andar quilómetros a pé a alombar com o portátil, comer toneladas de Pringles e bolachas de chocolate é o suficiente para uma pessoa engordar demasiado!! Deixo aqui o meu protesto à P.D.I - sigo este regime de alimentação há anos, e isto não era suposto acontecer! :-)

Enfim, depois deste desabafo, só me resta suspirar fundo e seguir em frente. Afinal de contas, provavelmente ninguém vai notar que estou uma texuguinha nos primeiros dias de praia - vão estar demasiado ofuscados com o reflexo do Sol na minha pele demasiado branca. E uns dias ao Sol, e deve acontecer o mesmo às banhas do que acontece à gordura na grelha - derrete! :-D

(Como plano de reserva, posso sempre comprar um fato de banho de neoprene, daqueles que os surfistas usam. Alguém sabe onde se vendem?)

Anuncios da "dica da semana"

É o que dá não ter mais nada à mão para ler... Acabei por ler todos os anúncios do jornal, e houve uns que me chamaram a atenção. A saber:

"Compro velharias, loiças, livros, móveis, cangalhadas, recheios de casa. T: ########"

(O que raio são cangalhadas?!?)

"Vamos a sua casa, comprar tudo o que seja antigo e velho, móveis, loiças, livros, postais, brinquedos, imagens, linhos (toalhas, lençóis), pratas (faqueiros, serviços, salvas, etc.) T: ########"

(Passe o pleonasmo do antigo e velho, e a vírgula que não faz falta entre "casa" e "comprar". Agora entrarem pela casa adentro a comprar tudo o que seja velho sem pedir autorização é que é pior! Mas leiam o seguinte, que melhora...)

"Aceito idosos, desde 700 €, R. .........., Carnide, junto ao metro, Lisboa. T: ######## visite-nos"

(Mas o que é isto?!? "Aceito idosos, desde 700€"?!? Já se vende assim avôzinhos e avózinhas?!? Se bem que há uma vizinha velha e chata que passa a vida a reclamar do barulho.... Hm... Será que a consigo despachar por 650?)

"English as she is spoke"

Enquanto pesquisava os provérbios, dei com esta pérola na net. O livro parece fantástico, e de certeza que foi o manual com que o Zezé Camarinha e outros ilustres "machos latinos" aprenderam inglês. Vejam mais aqui

Provérbio tuga?

Alguém conhece este provérbio? Descobri-o num site de piadas...

"Visits always give pleasure - if not the arrival, the 
departure."
---Portuguese Proverb

E por falar em bizarro...

Ontem estava a escrever o post. Tudo normal. Até que o tento publicar. Primeiro aparece-me um ecrã com o código do erro, e uma mensagem a informar que um engenheiro já tinha sido notificado e estava a tratar do problema. (Isto é que é rapidez!) Volto atrás com o browser, e, milagre dos milagres, o post ainda lá estava à espera de ser publicado. E desta vez não deu erro!
Ou será que deu?

Hoje fui a ver o blog, e tinha o mesmo post em duplicado! Será que o tal engenheiro usou papel químico? Enfim, já apaguei o post repetido, que por acaso tinha um comentário de um caramelo qualquer a fazer propaganda. Hm. Acho que acabei de fazer o meu primeiro acto de censura!

30 de julho de 2007

Estranho entardecer...

Ontem tive de sair de casa ao entardecer. A luminosidade era estranha, talvez do céu estar meio encoberto, talvez dos meus olhos, mas parecia-me que estava de óculos escuros, sem os ter postos. Foi surreal. Piscava os olhos continamente, para me ajustar à luz, à espera que as cores normais voltassem.

O motivo que me fez sair de casa também era em si surreal. Ligaram-me do banco, a explicar que a escritura só seria no fim de Fevereiro para eu poder resolver um assunto (que já estava resolvido), conforme me tinha sido alegadamente explicado pela solicitadora (que não fez nada disso).

Desci a rua a estranhar a luz e o facto de ter de ir apresentar de novo papéis que já deviam estar fotocopiados e processados. Olho para o lado, e vejo um estranho cortejo sair da escola de cabeleireiros, vestidas e penteadas de gala, fazer pose para as fotos, dar meia dúzia de gargalhadas histéricas, e voltar para dentro. Como se nada se tivesse passado. Só tive tempo de ligar o "podinho" para ter algo real, antes que me conseguisse convencer que era desta que tinha enlouquecido.

Desculpem a interrupção...

É Oficial. Estou praticamente sem acesso à net em casa. Deixei o meu portátil no hospital, para ver se descobrem o porquê das birras (antes que acabe a garantia), e estou condenada a utilizar o do meu pai que resolve bloquear a ligação à net meia hora depois de se ter ligado. (ou seja, antes de eu ter tempo de pegar no computador e ver os mails...) *suspiro*

Portanto, e até eu ter o computador de volta, vou continuar meia desaparecida. Mas aproveitem para passear pelos blogs do Super Guerreiro do Espaço (ou SGE para os amigos) e do Nelson, respectivamente porqueposso.blogspot.com e faxavor.blogspot.com.

Alternativamente, há o site do pai Natal, www.painatal.com .

Entretenham-se, e... até!

p.s. - Já corrigi os links... Não percebi por que raio ficaram baralhados, mas enfim... Um dia destes ainda me dou ao trabalho de abrir um consultório para computadores deprimidos!

Porque posso... ?

Resolvi mudar de nome. Adoptar o nome que tantas vezes me foi atribuído por pessoas diferentes, que apesar de eu desaparecer de vez em quando tinham o meu contacto. Suponho que chamar a alguém "a desaparecida" tenha mais impacto do que pegar na ... do telefone e descobrir o que é feito dessa pessoa. Whatever.

Ia quase usar a expressão preferida do SGE, "porque posso". "Porque posso" é uma expressão sintomática de tudo o que está errado hoje em dia. Lembro-me do "porque posso, quero e mando" de há uns tempos atrás. O "quero" e o "mando" foram para as urtigas, tornando-se irrelevante o que a pessoa que "pode" quer, ou se tem de sujeitar os outros à sua vontade. Parece que o facto de se poder fazer algo torna esse "algo" obrigatório de fazer. E que se lixem as consequências.

Acho que no dia em que usar a expressão "porque posso" para justificar seja o que for, é sinal de que todos os meus princípios e educação foram contaminados, e é uma boa altura para me eliminarem. Antes que eu descubra que posso fazer coisas bem piores do que atirar lixo ao chão, insultar pessoas ou sair sem pagar a conta.

... nem mais!

People are more violently opposed to fur than to leather because it's safer to harass rich women than motorcycle gangs.

Direitos de autor...

De vez em quando costumo ver o blog do faxavor. Hoje estava a ver os posts antigos, e dei com uns sobre plágio. O artigo original, foi este sobre Portugal ser melhor que França.
Foi plagiado em pelo menos três sítios, do bubaloo, do cumixoso e de um gajo que resolveu fazer um remix de tudo o que foi dito sobre o assunto. A discussão que se seguiu foi interessante, e a sequela também.

Levou-me a pensar: Como é que uma pessoa sabe que foi plagiada? E como descobrir o real autor dos textos anónimos que tantas vezes circulam por email?

E descobri como fazer hiperlinks no blog. yay! :-)

Teenagers...

Cena típica de liceu (ou preparatória/secundária/C+S/whatever)...

2 estudantes do mesmo sexo aproximam-se doutro estudante (do sexo oposto). A frase é típica, e quase toda a gente a deve ter ouvido. Só que são duas raparigas a aproximarem-se de um rapaz, e uma delas a dizer "A minha amiga acha-te muito giro e quer-te conhecer. Como te chamas?"

Não vi o resto da cena porque estava com pressa. Mas foi o suficiente para tirar duas ilações:

1 - As raparigas estão mesmo mais atiradiças do que os rapazes. Quando eu andava no liceu a cena era ao contrário, com os rapazes a aproximarem-se (ou não...) das raparigas.
2 - Estou a ficar velha! A expressão "no meu tempo" veio-me à mente com uma rapidez estonteante, e a ultima vez que ouvi um "posso-te conhecer" foi na sessão da tarde da juke, há demasiado tempo atrás. ( e tive de gramar a amiga que estava comigo chamar-me "Teresa" durante uma data de meses... Mas isso já é outra história)

Mais uma do SGE

Macho que é macho não usa preservativo, já o tem plastificado!

Encerrado para balanço.

Chegou aquela altura do ano em muitas lojas e empresas encerram para balanço. Este ano resolvi fazer o mesmo. Vou fechar para balanço, e só voltar a abrir quando tiver as ideias arrumadinhas.

Ahahahahahahahahahahahahahahahah!

Agora a sério...

A passagem de ano está aí! É só fazer as malas e fugir em direcção ao Algarve, mas sem bater na mãe que isso é complexo de Édipo mal resolvido do Afonso. Compras de ultima consoada aí vamos nós! E se tudo correr bem, nada de procurar uma farmácia na manhã de dia 1. E se correr melhor, ainda não vai ser este ano que se vai dar conta que o mundo já acabou. Eu estou com certa curiosidade sobre o que vão fazer no dia 07/07/07 - o 7 é um número mais místico que o 6, e no dia 06/06/06 fizeram uma fita enorme, entre ameaços de Apocalipse e estreia de filme de suspense.

Até para o ano, e se estão a trabalhar... Azarucho! *g*

Ah, sim... Boas saídas, melhores entradas, e que 2007 seja um ano feliz, ou então nem tenha o descaramento de aparecer!!!

Tradutor hilariante...

Descobri noutro dia que o babel fish oferecia uma ferramenta para traduzir blogs. É claro que a tinha de testar...

É hilariante!! Experimentem carregar na imagem com o peixe amarelo do lado direito, onde diz "Traduzir esta página. Estale a bandeira". Só o estale a bandeira dá vontade de desatar a rir. E ver o efeito final é de rebolar a rir.

Recomendo vivamente para os momentos em que se precise de dar umas gargalhadas sem motivo!

Para quem tem de trabalhar 24 e 25 de Dezembro

É chato. Trabalhar ao domingo e num feriado é sempre chato. Mas...

- Se acreditam no Pai Natal: Ele também está a dar no duro para entregar as prendas todas. Pior, são mais de 24 horas non-stop por causa dos fusos horários. E a lista de prendas está por ordem alfabética e não geográfica! Portanto resta o consolo de que estão a dar apoio moral ao velhote das barbas que costuma trepar pelas chaminés e agora pelas janelas.

- Se acreditam no nascimento do menino Jesus, e na travessia dos reis magos: Estão cheios de sorte! Jesus estava a tentar nascer, Maria estava cheia de dores de parto, José desesperava à procura de quarto, e os reis magos estavam a atravessar o deserto de camelo a olhar para o céu à procura da estrela. Para não falar dos pobres camelos que, além de atravessar o deserto, ainda tiveram de alombar com uns marmanjos grandes e gordos! Estar sentado num escritório quentinho com o frio que faz lá fora já não parece assim tão mal.

- Se são judeus... Bem, os judeus têm tido uma história recheada de azares, portanto... Trabalhar no hannukah deve ser mais um dos testes de Deus. Não esquecer de anotar as horas para garantir um lugar decente no paraíso.

- Se só acreditam no espírito materialista e na troca de prendas: As lojas vão estar todas fechadas a partir das 18. E os cafés também. Vai ser impossível fazer seja o que for enquanto vigorar o horário de Natal. Estão cheios de sorte, no trabalho podem fazer compras on-line e receber prendas virtuais!

- Aos restantes: ver a frase de abertura. E resta a consolação de que, como normalmente compensam estas coisas, na passagem de ano vão estar livres para a borga!

Sou mesmo picuinhas...

1º Acto: (Terça-feira) Estou eu à seca, tinha acabado de ler na diagonal o público, e deu-me para tentar fazer as palavras cruzadas. Eu nunca tive muita paciência para as palavras cruzadas. São um bicho estranho, que vai buscar as palavras mais recônditas do dicionário, e vai repetindo-as. Até acho que deve haver um dicionário de palavras cruzadas, mas enfim. Isso não interessa nada, da mesma forma que não interessa nada o facto de eu começar sempre por preencher as casas dos símbolos químicos. (não sei todos de cor, mas também nunca se lembram de pôr elementos como o unillpentium, ou o tecnécio).
Passei-me com as palavras cruzadas por dois motivos: não tinham um único elemento químico, e achava que "abeatar" e "ovar" não eram verbos com os significados que apareciam listados.


2º Acto: (hoje) Estava a conversar no messenger com a amiga que me deu o público na terça, e pergunto-lhe se tinha o de ontem. E já agora, se podia transcrever as soluções. Ela foi uma querida e transcreveu. Obviamente que fui logo ver se "abeatar" e "ovar" existiam na solução. Existiam. Pronto, tinha MESMO que ver se estavam correctas antes de reclamar com os tipos a explicar que era "beatificar" em vez de "abeatar", e que "ovar" era apenas uma cidade. Ops. Ainda bem que não reclamei. As palavras existiam, e estavam com os significados correctos.

Qual é o passo seguinte? Não, não é admitir a derrota e esquecer o assunto. Pus-me a ver todas as outras palavras, e apesar de não ter o jornal à mão, e só o ter visto uma vez, acreditam que ainda me lembrava de grande parte das definições? Enfim, dei por mim à procura no google, na wikipedia e no dicionário online da porto editora o significado de todas as palavras que me suscitaram dúvidas. E não é que existiam?!?

Dá para tirar três conclusões deste episódio:
--> Realmente as palavras cruzadas têm um vocabulário próprio (não acreditam? Vão procurar exido, leneu ou etal ao dicionário), que eu desconheço em grande parte. Só acertei em metade das palavras.
--> Eu sou uma perfeccionista do caraças. Ok, picuinhas mesmo. Não consegui esquecer o assunto até verificar TODAS as palavras dúbias.
--> Tenho que voltar a ler mais livros não-técnicos. E em português.

Mais uma sobre gajos...

Macho que é macho não senta na banana, senta no cacho.

Mas não acham que já chega?

A primeira vez que os vi achei piada. Foi há uns 6 anos, dois ou três bonecos grandes do pai natal pendurados no parque dos príncipes, como se estivessem a trepar a fachada para entrarem nas casas. Desde então, tem sido um crescendo, cada vez se vêm mais bonecos do pai natal pendurados pelos prédios, uns com escada, outros com luzes, outros com escada luminosa. Chega a haver prédios que têm os ditos bonecos varanda sim, varanda não!

Não acham que já chega? UM tem piada, centenas e milhares já se torna repetitivo! Especialmente quando a varanda/janela/whatever têm mais luzes do que uma fábrica de lâmpadas.

No ano passado dediquei-me a uma cruzada para fotografar o maior número de "pais natal", e decorações com muitos Watts e pouco gosto. Este ano lembrei-me de comprar uma metralhadora de paint-ball e andar a disparar para o pai natal. Já que os tenho de aturar, ficariam mais giros em várias cores!

Alguém sabe onde comprar uma arma de paint-ball com mira decente? E daí, eu não tenho pontaria nenhuma. Se calhar é melhor ficar pelas fotos, e fazer um blog com as aberrações de Natal. E viva o espírito natalício com o patrocínio da lola-lola...

A importância de um papel...

Hoje finalmente fomos falar com o padre, para saber o que se faz quando um dos noivos foi baptizado nas ex-colónias e não têm o papelucho que confirma o baptizado. Lá descobrimos que o método mais fácil é escrever para a paróquia de lá, e pedir o certificado de baptismo. Depois de umas horas de pesquisa na net, lá consegui desencantar com a morada da arquidiocese (e o telefone), mas nada da igreja. Com um bocado de sorte, a morada que desencantei de um agrupamento extinto dos escuteiros é a da igreja certa. Pelo menos tinha o patrono certo.

*suspiro*

Quase que me arrependo de não ter dito que o noivo não tinha sido baptizado. Era tão mais rápido e simples... E acho que Deus não se ia ofender e fulminar-nos com um raio. Acho!

Ouvi esta hoje...

Macho que é macho não come mel, chupa as abelhas!

Já falta pouco...

As obras em casa estão quase a acabar. Felizmente. Já não aguentava tanto pó no ar, e cheiro a colas, verniz e outras tretas. Estavam a atacar violentamente a minha garganta, e a conspirar com a constipação para eu ficar afónica e a sentir-me francamente mal. Agora só resta pintar as paredes, mas esse cheiro é muito menos violento que os anteriores.

Chateia-me uma coisa. Porque é que, quando finalmente deixou de chover e se podem abrir as janelas todas e arejar a casa, está um frio de rachar? Estou farta de ter de escolher entre estar quentinha, ou respirar em condições sem ataques de tosse violentos!

Não me apetece...

Estou numa semana de não me apetece. Não me apetece fazer seja o que for, nem me apetece fazer nada.

Deve ser jet lag, misturado com constipação extra-forte (importada directamente de Paris - mais valia ter trazido perfume!), obras em casa e falta de sono. Dói-me a garganta, acordo "n" vezes durante a noite sem respirar, estou farta do pó e tenho o nariz mais assado que um frango esquecido no churrasco.

Domingo à noite só queria chegar a casa e dormir... Errado - tinha de ajudar a afastar os móveis porque o pedreiro chegava na segunda de manhã para começar a obra.

Segunda só queria dormir até tarde... Yeah, right. O raio do pedreiro chegou cedo e começou logo a partir a parede. Mas também não cedi - peguei nos tampões nos ouvidos e voltei a (tentar) dormir! Ninguém me acorda cedo quando eu não tenho de me levantar!! Lá acordei à hora programada, e acabei por não fazer nada do que queria, e tudo o que não queria - a começar por passar o dia a espirrar violentamente. Lindo.

Terça fui outra vez acordada pelo martelar... Só me roubou 30 minutos de sono (tinha de acordar cedo, mesmo), mas mesmo assim deixou-me de mau humor. Não são modos civilizados de se acordar alguém! Não me apetecia sair de casa, mas tive de o fazer. Não me apetecia ficar na rua a estudar, mas que remédio. Não me apetecia ir tomar café, mas lá conseguiram convencer-me. Não me apetecia escolher pratos, copos e talheres, mas a lista tinha de ficar pronta mais cedo ou mais tarde. Não me apetecia telefonar, mas a alternativa de ir lá pessoalmente ainda me apetecia menos. Não me apetecia voltar para o estaleiro, perdão, casa, mas ainda me apetecia menos continuar fora de casa.

Quarta foi melhor - já não havia marteladas para ninguém! Só o telefone a tocar de 15 em 15 minutos, mas enfim... Já era pedir muito, ter uma manhã sossegada nesta semana de m... Não me apetecia levantar, mas a bexiga falou mais alto. Não me apetecia sugerir onde pôr os móveis, mas não me podia escapar sem despejar meia dúzia de opiniões. Não me apetecia sair de casa, mas sempre era preferível do que dar mais outra dúzia de opiniões. Não me apetecia comer, e safei-me - dieta de chá e mel com limão, até ter a garganta num estado razoável. Não me apetecia ver albuns e escolher o fotógrafo, mas fui e escolhi.

Hoje foi nhé. Nhé com vários encolheres de ombros. Não me apetecia ver convites, mas também não me apetecia não os ver. Não me apetecia acabar o projecto aplicativo, mas não tinha opção. Não me apetecia ligar o computador para enviar o projecto, mas era estúpido não o fazer. Não me apetecia respirar, mas os pulmões também estão ligados ao sistema parassimpático. Não me apetecia montar móveis, mas dei por mim de martelo na mão a acertar com vontade nos pregos. Não me apetecia levar a empregada a casa, mas já me tinha comprometido. Não me apetecia escrever no blog, e dou por mim a escrever imenso.

Não me apetece fazer nada, e acabei por fazer tudo o que tinha para fazer, e mais algumas coisas. Que teria eu feito se me apetecesse?

Cuidado com as imitações!...

Tenho um cachecol feito de bolinhas de pelo de coelho que adoro. É quente, fofinho, e das coisas mais aconchegantes que se pode usar à volta do pescoço. Há uns anos uma colega de faculdade pediu para vê-lo, e comentou horrorizada "é de pele verdadeira! Não tens pena dos pobres bichinhos?"

A minha resposta foi instintiva, "Não!? Eu adoro coelho guisado, e quando fazem o desmanche dos animais não deitam as peles fora. Além de que se reproduzem que nem coelhos!" E olhei significativamente para a pasta dela, de pele de avestruz. Ela apressou-se a esclarecer que era falsa.

Não será pior andar com peles falsas do que com verdadeiras? Ok, não se mata nenhum animal para se fazer uma pele falsa, mas acabam continuar a promover os objectos de pele. Além de que uma pessoa que realmente respeita os direitos dos animais e tem tantos "furnicoques" com peles, deveria manter a milhas tudo o que se assemelhasse a elas. Sei lá, andar vestida de sacos de plástico ou de pano reciclado... Para mim, é uma hipocrisia, e uma maneira de tirar dois pesos da consciência: o de parecer ser politicamente correcto, e o de não ter dinheiro para comprar o artigo genuíno.

Pergunta do dia

Porque é que os pretos chamam os brancos de "baunilha", quando a baunilha é uma vagem preta?

Será que se referem ao pó branco com aroma de baunilha, fabricado em laboratório, e que se chama vanilina?

Os casacos de pele também merecem respeito!

Estava a ajudar a minha mãe a decidir se levava ou não o casaco de peles a uma recepção formal. Acabei por comentar "leva! Também, não devem lá estar aqueles maluquinhos que gostam de pintar casacos de peles com spray verde!"

E isso fez-me pensar. Os maluq... quero dizer, os activistas da PETA e outras associações dos direitos dos animais são contra fazer-se casacos de pele. Costumam fazer anúncios com modelos desfilar com casacos de animais a escorrer sangue, e t-shirts com modelos sem roupas a dizer que gostam mais da sua pele. Até aí tudo bem. Estão a ser coerentes.

Depois vem a parte que estraga tudo. Resolvem libertar os animais que estão em gaiolas à espera de se transformarem em casacos, não ligando a mínima ao facto de os animais estarem fora do seu habitat. Num dos países da ex-URSS libertaram um grande grupo de visons, devolvendo-lhes a liberdade. Só foi pena terem sido forretas e não comprarem os bilhetes de volta para o seu país de origem, na América do norte. Ah, e em caminho quase que causaram a extinção dos visons locais. Estes, por não estarem em cativeiro, não tinham o mesmo direito à vida? Que raio de activistas dos direitos animais são esses, que só ligam aos direitos dos prisioneiros, e não à dos animais livres?!?

E por falar em direitos animais, a mim parece-me uma hipocrisia defender os seus direitos em vida, e dessacrar de uma forma profana e pouco respeitadora os seus restos mortais cuidadosamente conservados!! Afinal de contas, os pobres visons, raposas, astracans e afins sacrificaram a sua vida, de que os casacos das respectivas peles são testemunha. Não seria mais lógico idolatrar esses símbolos do martírio, coloca-los num museu ou até num altar? Em vez de os queimar e borrifar com latas de tinta, mostrando absoluto desrespeito e falta de consideração pelo sacrifício dos pobres animaizinhos que se sacrificaram para que alguem andasse quentinho e a exibir um status symbol?

Promover a imagem de que não se devem matar mais bichinhos só para se terem casacos de peles, tudo bem. Destruir os que já existem é que não! Respeitem os mortos! Os casacos de pele têm a sua dignidade!!!! Ao menos um funeralzinho, com direito a caixão em metal, para respeitar os direitos das árvores.

Sim, porque matar uma árvore para poder enterrar um animal morto é um absurdo!

Obrigada!

Tenho amigos porreiros. Muito porreiros mesmo. 5, não, 9 estrelas.

Ainda não contei a muita gente que tenho um blog. Mesmo assim já recebi sms a dizer que se partiram a rir com o blog, comentários a propósito, sugestões sobre o que escrever, e até me deixaram citar situações absurdas da sua vivência.

A todos vocês, muito obrigado pelo vosso apoio. Continuem a mandar as vossas opiniões e sugestões, que são sempre bem-vindas.


E aos que não fizeram nada disso... De que estão à espera? De que o mundo acabe?!? Já vão tarde para isso! Nhuahahahahah! (riso fantasmagórico)

mais umas...

... says:
por exemplo...achas normal que quando começa a chover e vem ai o inverno se comecem a fazer obras em toda a linda-a-velha, Algés, miraflores.. etc. para colocar canos tubos ou afins... e que durante todo o verão não fizeram nada?


... says:
nope... Se bem que em Lisboa as obras tendem a ser na semana a seguir a se ter re-asfaltado e arranjado a rua.

Candidatos a funcionário do mês?

Uma amiga que é responsável de pessoal de uma media empresa contou-me estas duas situações dignas de nota...

- Uma empregada que foi suspensa e levou com um processo disciplinar por dar uma lambada numa colega; enquanto esperava pela conclusão do processo resolveu demitir-se com justa causa porque não lhe tinha sido pago o ordenado... pequeno detalhe... ela só não recebeu porque não veio levantar o cheque como fazem todos os outros funcionários

- Uma funcionária que chora e implora por um emprego. Dás-lhe o emprego de copeira (trabalho que implica principalmente pôr louça a lavar na máquina e fazer sandes e torradas). Ela chega ao local de trabalho às 13h, ao ver a pilha de loiça correspondente a 15 almoços despede-se porque aquilo é trabalho demais. A única coisa que fez foi vestir a farda e despedir-se.

Pelos vistos queria um emprego, não estava à espera de ter de trabalhar!!
If home is where the heart is, and your heart is shattered, does it mean your home is also shattered?

Na estrada ou ao telefone, é só doidos...

Este sábado resolvi dar um pulinho à Golegã. Decorria a feira do cavalo, que é aquele evento memorável onde há vários eventos com cavalos durante o dia, pode-se comprar artigos em pele a preços interessantes, janta-se bem (e barato para os alfacinhas) às 19h (15 minutos depois começa a encher) e à noite fica... enfim.

Tradicionalmente há sempre cavaleiros a passear no meio da multidão, e é engraçado ver uns gajos entrar num bar e pedir uma bebida, sem ter descido do cavalo. O pior é quando já estão bem bebidos, não têm muita experiência de montar no meio da multidão, e não deixam o cavalo conduzir.Vê-se de tudo: cavalos a derrapar, a estatelar-se no meio do chão, fazer marcha-atrás para cima das pessoas, e bloquearem a passagem numa esquina porque os cavaleiros são demasiado nabos para dar meia volta e avançarem. Mas ajuda ter uma carinha laroca, cabelo loiro e um pito notoriamente bêbado atrás - os insultos são mais soft, na linha do "loira burra" e "naba", em vez de "filha de...", "c... dos putos de cidade", e por aí adiante.

Depois há as linhas trocadas... Chamadas de números desconhecidos, com conversas do estilo "Ainda estás aí?" ou "Já pocho ir aí ter?" (o interlocutor falava achim).

Finalmente, no regresso, a cena mais bizarra de todas. Numa das estradinhas ribatejanas de faixa e meia, um Ax anda devagar, com pisca alternando entre a direita e a esquerda. Ultrapassa uma pick-up, e começa a acelerar. Depois volta a abrandar, e finalmente para no meio da estrada! Levanta a mão para o primeiro carro, diz "só um momento" para o segundo carro (onde eu seguia), passa a pick-up e mais dois carros, e começa a mandar vir com um carro no fim da fila. Passado uns 5 minutos, volta para o carro e arranca como se nada se tivesse passado.
Alguém me explica o que raio passou por aquela cabeça para fazer uma cena destas? Se foi álcool, quero a referência da pinga, que deve ser da boa!

Mais um maluco do volante...

Começo a achar que há uma espécie de pacto suicida marado dos sexagenários. Ou isso, ou descobriram que o mundo acabou, e resolveram aproveitar para serem radicais e acabarem a vida com um grande estrondo - de preferência levando mais alguém com eles.
Hoje houve mais um caso de um condutor de 60 anos que entrou em contramão na A4, e embateu de frente contra um carro, depois de ter "expulso" os 3 carros anteriores da faixa da esquerda com sinais de luzes (e reflexos atempados dos condutores...).

Obviamente, o condutor culposo morreu no embate frontal, deixando sem resposta as perguntas de como entrou em contramão, e porquê. Eu já desenvolvi a minha teoria, aceitam-se teorias alternativas que expliquem a "moda" de entrar em contramão na autoestrada.

E por favor, nada de teorias sobre raptos de extra-terrestres! Soa muito a Area 51, Roswell e americanadas, além de ser um tema muito batido.

Por que estamos na cauda da Europa...

Vi hoje no telejornal que houve um acidente de comboio na linha do Douro, devido a um aluimento de terras. Houve dois feridos (os maquinistas), e se o acidente tivesse sido uns metros mais à frente ou mais atrás, o comboio só parava no Douro.

Fiquei indignada! Acham isto bem?!? Um acidente de comboio, e não há mortos, nem descarrilamentos com consequências desastrosas, nem salvamentos espectaculares!

Uns exemplos:
2006-08-22 - Espanha "acidente de comboio (...) provocou seis mortos e 36 feridos. Depois de descarrilar, a composição embateu numa ponte que atravessava a linha do comboio, destruindo-a parcialmente."

2006-09-22 – Alemanha “Vários mortos em acidente com comboio magnético suspenso na Alemanha. "Houve mortos, mas ainda não sabemos quantos". O comboio não tripulado, que seguia a 200 quilómetros por hora, embateu num objecto não identificado. As equipas de socorro deslocaram cerca de 150 efectivos para o local, mas o desencarceramento dos passageiros estava a ser dificultado pelo facto de o comboio não estar ao nível do solo, mas sim tombado sobre o trilho magnético.”

2006-10-31 - Bangladesh “Acidente com comboio mata pelo menos duas pessoas e cerca de 50 outras ficaram feridas devido ao descarrilamento, de um comboio próximo da cidade portuária de Chittagong, no Bangladesh. Fontes oficiais da companhia de caminhos-de-ferro indicaram que as cinco últimas carruagens da composição saltaram dos carris na localidade de Sitakunda.”

ATÉ O BANGLADESH ESTÁ À NOSSA FRENTE!!!! Não admira que estejamos tão atrasados... Noutros países europeus os acidentes de comboio são coisas à séria, com feridos a rodos, mortes, sangue e miolos para as televisões mostrarem e ganharem umas boas horas de noticiário a discutir se é ético mostrar essas imagens, e acusarem-se os outros de serem menos éticos do que eles.

Vamos lá a atinar, que para sermos um país à séria, temos de ter acidentes em grande, com consequências dramáticas! Senão nunca mais tomamos consciência de que os acidentes de comboio são coisas graves, que matam pessoas, e que a manutenção de infraestruturas não é uma coisa secundária a cortar sistematicamente dos orçamentos porque não se fazem inaugurações de obras em manutenção.

Numa nota mais séria, é pena, mas o mundo é mesmo assim – se não houver mortos, quem gere o dinheiro não vê a necessidade de reparar uma coisa que “funciona há 30 anos, deve durar mais uns 30…” Façam as contas.

Quantas pessoas tiveram de morrer na queda da ponte de entre-os-rios para se reverem as condições de outras pontes, e se fiscalizar a extracção ilegal de areias?

Quantas pessoas tiveram de morrer atropeladas antes de se construírem pontes aéreas em locais perigosos de atravessar?

Quantos bombeiros e civis tiveram de morrer para se levar mais a sério a gestão e protecção das florestas? ( e neste ponto, se calhar não foram suficientes…)

Os mortos contam. Os feridos, não. A nossa maldição, como país, é que os acidentes que podiam ser desastrosos, correm espantosamente bem e só há uns quantos feridos. Como dis ao ditado, “ao menino e ao borracho, Deus põe a mão por baixo”. Só não sei se somos meninos ou borrachos…

Mais umas citações...

How can I tell that the past isn't a fiction designed to account for the discrepancy between my immediate physical sensation and my state of mind?
Douglas Adams

My doctor says that I have a malformed public-duty gland and a natural deficiency in moral fibre, and that I am therefor excused from saving Universes.
Douglas Adams, Ford Prefect in "Life, the Universe, and Everything"

What to do if you find yourself stuck with no hope of rescue: Consider yourself lucky that life has been good to you so far. Alternatively, if life hasn't been good to you so far, which given your present circumstances seems more likely, consider yourself lucky that it won't be troubling you much longer.
Douglas Adams, The Hitchhiker's Guide to the Galaxy

Conclusões

Isso quer dizer que no hipotético ano de 2001:
- os foliões estariam no 3º milénio,
- os pedantes no 2º milénio,
- os crentes no bug do ano 2000 (Y2k) estavam em 1901,
- os crentes fervorosos do fim do mundo no ano 2000 estariam enterrados há pelo menos 1 ano, e
- o resto do mundo (não-calendário gregoriano) sabe-se lá em que ano.

E isto não podia ser.

Por decisão administrativa, a Terra S. A. seria extinta de imediato, e constituir-se-ia uma comissão para decidir se eventualmente teria utilidade criar a versão 2.0.

Algures entre 1999 e 2001 (mas sempre depois dos suicídios em massa das seitas) o mundo acabou, e estava toda a gente ocupada a planear a festa, preparar-se para o fim do mundo ou bug do milénio, ou ignorar "os malucos do calendário gregoriano" que ninguém reparou.

Dizem que a cabeça decapitada tem uns segundos de consciência antes de deixar de funcionar. Nalguns casos pode até ver o corpo decapitado (se o executor for sádico e rápido o suficiente).
A Humanidade em geral demora mais tempo a perceber que já não existe, e quando se aperceber, estará numa fase de negação tão profunda que nem vale a pena tentar explicar.

...

Por isso é que não haverá uma Terra 2.o.

A outra polémica do ano 2000

Uma grande quantidade de foliões decidiu que a passagem de milénio era do ano 1999 para o ano 2000. Foram marcaram com antecedência de um ou dois anos festas sumptuosas em todo o planeta. Os mais excêntricos festejariam numa ilha qualquer onde passa a linha de mudança de data, para poderem celebrar duas vezes o "novo milénio" (e já agora dançar o limbo na linha do equador na segunda festa, motivados pela falta de sangue no álcool).

A minoria que sabia contar tentou chamar a atenção para o facto de não haver o "ano zero" (excepto nalgumas faculdades, mas isso é outra hi$tória), e efectivamente o milénio só começar em 2001.

Os foliões, provavelmente motivados pela catástrofe anunciada para o ano 2000 (ou 2k), não ligaram nenhuma e comemoraram à mesma a "passagem de milénio", aproveitando para marcar outra festa de arromba para o ano a seguir.

Douglas Adams resumiu muito bem a polémica, num texto chamado "pedants".

Pedants (by Douglas Adams)

Significant Events of the Millennium

1 January 1000 Almost everyone celebrates the beginning of the second Millennium.
1 January 1001 Pedants celebrate the beginning of the second Millennium.

1 January 1100 Almost everyone celebrates the beginning of the twelfth century.
1 January 1101 Pedants celebrate the beginning of the twelfth century.

1 January 1200 Almost everyone celebrates the beginning of the thirteenth century.
1 January 1201 Pedants celebrate the beginning of the thirteenth century.

1 January 1300 Almost everyone celebrates the beginning of the fourteenth century.
1 January 1301 Pedants celebrate the beginning of the fourteenth century.

10 June 1381 The Pedants' Revolt reaches London. (Not the Pedants' Revolt, the Peasant's Revolt(sgd.) A Pedant. And kindly close the brackets.) (Thank you.)

1 January 1400 Almost everyone celebrates the beginning of the fifteenth century.
1 January 1401 Pedants celebrate the beginning of the fifteenth century.

1 January 1500 Almost everyone celebrates the beginning of the sixteenth century.
1 January 1501 Pedants celebrate the beginning of the sixteenth century.

1 January 1600 Almost everyone celebrates the beginning of the seventeenth century.
1 January 1601 People begin to get really fed up with pedants.

1 January 1700 Almost everyone celebrates the beginning of the eighteenth century.
1 January 1701 A few pedants begin to notice that pedants tend not to have very good celebrations.

1 January 1800 Almost everyone celebrates the beginning of the nineteenth century. A splinter group of ex-pedants turn up and get very drunk.
1 January 1801 The rest of the pedants celebrate the beginning of the nineteenth century.

1 January 1900 Almost everyone celebrates the beginning of the twentieth century. No pedants allowed.
1 January 1901 Pedants hold a Morris dancing festival.

24 November 1996 The Digital Village web site goes online: the third Millennium starts early and catches everybody by surprise.

1 January 2000 Anybody who even mentions the Millennium gets garrotted.
1 January 2001 Massacre of the Pedants.

Como tudo começou...

No início havia o Nada.

Depois surgiu uma nuvem de gás altamente inflamável...

Que, previsivelmente, explodiu, expandido-se por todo o Nada, que se passou a chamar Espaço (ou contínuo espaço-tempo).

Parte do gás em expansão começou a fartar-se de andar à deriva, e agrupou-se em calhaus de vários tamanhos, uns em chamas (também chamados Sóis), outros não...

[... saltando os capítulos mais chatos...]

Surgiram os dinossauros no 3º calhau a contar do Sol, mas alguém não gostou deles e atirou-lhes com um ou dois cometas para ver se eles encolhiam.

[...mais uns capítulos que não interessam nada a ninguém...]

Chegando ao ano de 1999 do calendário gregoriano, grande parte dos humanos pensavam que o mundo ia acabar, que tudo o que tivesse software deixasse de funcionar, ou que ambos iam acontecer.