30 de julho de 2007

Na estrada ou ao telefone, é só doidos...

Este sábado resolvi dar um pulinho à Golegã. Decorria a feira do cavalo, que é aquele evento memorável onde há vários eventos com cavalos durante o dia, pode-se comprar artigos em pele a preços interessantes, janta-se bem (e barato para os alfacinhas) às 19h (15 minutos depois começa a encher) e à noite fica... enfim.

Tradicionalmente há sempre cavaleiros a passear no meio da multidão, e é engraçado ver uns gajos entrar num bar e pedir uma bebida, sem ter descido do cavalo. O pior é quando já estão bem bebidos, não têm muita experiência de montar no meio da multidão, e não deixam o cavalo conduzir.Vê-se de tudo: cavalos a derrapar, a estatelar-se no meio do chão, fazer marcha-atrás para cima das pessoas, e bloquearem a passagem numa esquina porque os cavaleiros são demasiado nabos para dar meia volta e avançarem. Mas ajuda ter uma carinha laroca, cabelo loiro e um pito notoriamente bêbado atrás - os insultos são mais soft, na linha do "loira burra" e "naba", em vez de "filha de...", "c... dos putos de cidade", e por aí adiante.

Depois há as linhas trocadas... Chamadas de números desconhecidos, com conversas do estilo "Ainda estás aí?" ou "Já pocho ir aí ter?" (o interlocutor falava achim).

Finalmente, no regresso, a cena mais bizarra de todas. Numa das estradinhas ribatejanas de faixa e meia, um Ax anda devagar, com pisca alternando entre a direita e a esquerda. Ultrapassa uma pick-up, e começa a acelerar. Depois volta a abrandar, e finalmente para no meio da estrada! Levanta a mão para o primeiro carro, diz "só um momento" para o segundo carro (onde eu seguia), passa a pick-up e mais dois carros, e começa a mandar vir com um carro no fim da fila. Passado uns 5 minutos, volta para o carro e arranca como se nada se tivesse passado.
Alguém me explica o que raio passou por aquela cabeça para fazer uma cena destas? Se foi álcool, quero a referência da pinga, que deve ser da boa!

Sem comentários: