28 de maio de 2008

Insólitos do Ikariam...

Acto 1. A fundação da cidade.
Finalmente abriu o mundo Zeta, e consigo fundar a minha cidade!!

Acto 2. A ameaça de ataque.
Um caramelo, de nome Joniangel, resolve atacar-me meia hora depois de ter construido a minha cidade. É preciso ter lata!

Acto 3. A mensagem dissuasora.
Para ver se não perco tempo a construir tropas, mando a seguinte mensagem ao caramelo: "tens a certeza que queres desperdiçar os teus fundeiros a gamar NADA?"

Acto 4. A Batalha pela cidade.
joniangel de Polis ganhou a batalha (perdendo um dos dois fundeiro pelo caminho) e roubou a Magucha.

Acto 5. A mensagem provocatória.
Depois de um ataque gratuito tão estúpido, só podia gozar com a cara dele... E a mensagem foi "Queres perder o outro fundeiro? Olha que agora já tenho DUAS madeiras..."

Acto 6. A cara de pau
Bem, precisava de que toda a gente contribuísse para que EU tivesse mais recursos. Ok, a serração é de todos, mas a mim dava-me jeito ter mais madeira. Mensagem a toda a gente a pedir contribuições para a serração, incluindo o Joniangel com o qual tinha estado a gozar nas mensagens anteriores.

Acto 7. A redenção.
Recebo as seguintes mensagens do caramelo:
- "ta bom vo contribuir..."
- "ola parceiro olha descupa esta t encomodando masi como q eu faço para ter um exercito??? para contrsuir soldados!!!" (erros de ortografia, gramática e nexo não são meus...)

Ou seja, depois de ter atacado à ignorante, agora vem pedir ajuda... Será por eu ser quem está mais evoluida na cidade? Ainda não sei se lhe vou explicar ou não, mas de certezinha que quero um pacto de não agressão unilateral! eheheheh

26 de maio de 2008

Há dias em que...

... não me apetece fazer nenhum.

Especialmente depois de ter feito 6 horas de comboio (ida e vinda) para uma reunião de 5 horas...

A minha colega comentou que afinal Portugal não é assim tão pequenino. Depois de ter crescido habituada a viagens de carro de 3000 - 4000 km, continuo a discordar. Mas isso sou eu. =)

23 de maio de 2008

39 dias...

É o que me falta para me ver livre de fazer algo que absolutamente odeio, que só dá problemas inesperados, e me caiu nas mãos porque me ofereci inocentemente para dar uma ajudinha há mais de meio ano atrás. Como dizem os anglo-saxónicos, "No good deed goes unpunished".

Há duas coisas que nunca pensei dizer. A primeira é estar tão feliz por o contrato estar a acabar. A segunda é sentir a falta de trabalhar com merda. Literalmente. =)

Deixo-vos com um cover da música dos Europe, "The final countdown". Esta versão é dos Laibach. As coisas que se descobrem quando se vai um bocadinho além do óbvio numa pesquisa...

20 de maio de 2008

Estou completamente viciada...


... neste joguinho.


Há séculos que não jogava um jogo em rede. Desde o milénio passado, mesmo. Mas o Ikariam viciou-me por vários motivos:
- É estupidamente simples e intuitivo de começar a jogar. Basta aceder ao site, registar-se, e tens logo a tua cidadezinha numa ilha.
- O facto de ser uma ilha com dois recursos em comum faz com que tenhas que te entender (ou não) com os teus vizinhos para melhorar as minas.
- Não é preciso estar sempre ligado para as coisas evoluirem. Mandas construir edifícios, fundar novas colónias ou atacar aquele vizinho chupista que não dá nem um palito para a serração, e tem a cidade de nível 11.
- Chega uma altura em que precisas de contactar com outros jogadores para evoluir, quer para trocar recursos, fazer alianças ou tratados culturais, ou mesmo refilar de um ataque injusto.

Até agora já me aconteceram imensas situações divertidas:
- Tive um pedido de troca de recursos, e a conversa correu tão bem que já estamos em conversas de horas à gargalhada no MSN;
- Ataquei uma cidade por engano, consegui evitar a guerra por um triz e ainda ganhei um acordo de comércio pelo caminho. (Também, quem manda o tipo ter feito a colónia mesmo ao lado do chupista que respondeu torto às minhas mensagens a lembrar de contribuir para o bem comum? Foi falta de pontaria!)
- Fui atacada numa colónia novinha em folha por um caramelo armado em Bush, e além de ter feito amizade com o diplomata da aliança dele, bloqueei-lhe os portos até ao dia do Juízo Final! Bem, foi só por 8 turnos, mas o tipo aprendeu que não devia voltar a chatear-me. Nem a mim, nem a outro companheiro de trocas que foi importunado pelo caramelo.
- Ataquei uma cidade que estava a pedi-las (ninguém deve ter uma cidade de nível 10 sem ter umas tropas para dissuadir os ataques...), o tipo reclamou a ameaçar com os amigos, e ao fim de umas quantas mensagens estamos a assinar um tratado de bens culturais! Ah, e o diplomata dos amigos dele ainda me elogiou por ter resolvido a questão na base do diálogo.

Portanto aí está um dos motivos porque tenho estado desaparecida. Tenho estado a jogar, além das outras chatices todas, e tem feito maravilhas para me animar. Se quiserem tentar a sorte, registem-se no mundo Epsilon e procurem-me. Ou no mundo Zeta a partir de 4ª...

E para aqueles que já consegui viciar - Dia 21 de Maio abre o mundo Zeta! 'bora começar num mundo novo (com um bocado de sorte na mesma ilha)? Eu e o pato já estamos a combinar o esquema!

Mais dicas e ferramentas para o jogo aqui, aqui e aqui.

17 de maio de 2008

Porque ainda não me passou o mau humor...

Sim, é tétrico. Sim, é de Chopin. Sim, está incompleto.

As imagens complementam bem a música e o meu estado de humor.


E sim, vai passar...

16 de maio de 2008

Mau feitio

Mau feitio. Conhecem a expressão?
Precedam com um "Hoje estou com", e pelo meio coloquem um "muito". Foi assim que acordei. E me mantive durante a viagem para o emprego - esta musica não serviu para me acalmar muito, preferia ter tido esta a jeito.

Em que se traduz eu estar com muito mau feitio? Não, não desato aos berros com a primeira pessoa que apanho, não sou mal educada com ninguém (até porque acho que não há nada que justifique ser-se mal educado com seja quem for), nem sequer andei de trombas a tratar toda a gente aos pontapés.

Simplesmente deixo de ter paciência e/ou tolerância para com erros e abusos, e se fazem algum comentário mais infeliz ou provocatório acabo por dizer exactamente o que me vem à cabeça. Ou seja, não deixo nenhum espertinho cortar à minha frente no trânsito, não tenho safar alguém de sarilhos em que se meteu sozinho, e coisas no género. E o que me vem à cabeça a maior parte das vezes traduz-se num comentário mordaz, certeiro e dependendo da situação, cruel.

Chegei ao trabalho, cumprimentei os colegas com um sorriso como sempre, falei com o chefinho e tentei resolver a última embrulhada que apareceu do nada no projecto a meio do qual comecei. Felizmente não estava lá a colega da qual herdei o outro projecto, ou não sei se conseguiria manter o meu mau feitio silencioso. Troquei dois dedos de conversa com o colega italiano, que tinha substituido o café da máquina por um da nicarágua que tinha trazido, e ajudei-o a traduzir para português o texto simpático que ele tinha feito para anunciar a mudança de café e o facto deste ser grátis. O comentário que recebi quando voltei com uma chávena de café (em vez dos copos de plástico que praticamente todos usam) serviu para me animar. "Sei la migliore di tutti". Detesto tomar café em copos de plástico. A máquina de café não é daquelas que cospe obrigatoriamente um copo de plástico. Logo, trouxe uma chávena de café de casa, para poder tomar o meu rico cafézinho como deve ser tomado. Um gesto apreciado por alguém com a cabeça no lugar.

Cheguei à conclusão, sem sombra de dúvidas, de que detesto o que estou a fazer agora. Abomino estar com a parte final de dois projectos, a aturar as chatices com que contava, e mais umas quantas que já deveriam ter sido resolvidas há séculos, mas que saltaram para fora só para me queimarem. (Ou tentarem queimar, que eu tenho reflexos rápidos e alguma imunidade ao calor.) Do grupo de cerca de 20 pessoas, só gosto de meia dúzia delas, que por acaso até são as que acho competentes. Começa-me a fazer espécie a falta de método, e estar cada equipa a acudir a qualquer um dos projectos consoante qual estiver mais próximo de um prazo, em vez de estar uma pessoa responsável por um projecto do início ao fim. E finalmente, acho frustante não terem sido tomadas em consideração a minha opinião e estratégia para o projecto herdado, que fariam evitar muitos dos problemas que tinha previsto há meses e que agora estão a aparecer por magia.

Os projectos estão a acabar. Não sei se haverá dinheiro para me manterem, mas desconfio que não vou querer ficar. A não ser que surja algum projecto de que goste muito, mas muito mesmo. E acho que vou ter de ser mais escorregadia que uma enguia para não levar com as consequências de erros cometidos muito antes de eu ter entrado para a equipa.

Não sei o que o futuro me reserva. Conhecendo-me, e o meu percurso de vida, só posso concluir que será inesperado. E que as coisas se vão compôr no fim.

Alea jacta est.

7 de maio de 2008

I'm Going Slightly Mad

Ou sou eu, ou é o mundo que está a ficar ligeiramente maluco...

4 de maio de 2008

Relações humanas

Ontem estava muito bem na varanda a cuidar das minhas plantinhas, quando ouço um casal a discutir aos berros na rua. Tentei ignorá-los, obviamente, mas não ia deixar de fazer o que estava a fazer só porque um casal histérico resolve dar espectáculo na rua e se esquece de cobrar bilhete. Entre as palavras soltas que apanhei no ar, ouvi umas quantas de vezes "pouca vergonha", "deixas o puto em casa e andas por aí", "e eu bem te vi a falares com aquela gaja".

Na altura não liguei muito, mas depois deu-me que pensar. Não é a primeira vez que apanho um casal a discutir aos berros, e a fazer uma cena de ciumes, na praceta. Desconfio que tenha a ver com o café à porta do qual ocorrem a maior parte das discussões - a clientela é barulhenta, deixa os carros a bloquear metade da rua, e sempre que há futebol sabe-se logo quando e quem marcou golo (sem ligar a tv).

Não percebo duas coisas nestas cenas. A primeira, é qual a utilidade de desatarem aos berros no meio da rua, expondo a vida privada a toda a vizinhança e arriscando-se a ficarem sem voz no dia seguinte. Gritar não resolve nada. Lembro-me de a minha mãe contar que tinha uma professora que passava a vida a lembrar as alunas (era um liceu feminino) de que uma senhora não gritava. Na viagem de finalistas a Londres, assim que o avião levantou voo um grupo de alunas começou aos gritos de aflição. A professora admoestou-as, e elas retorquiram "e se o avião cair? Que vai ser de nós? Aiaiaiaiaiai". A resposta da professora foi magnífica: "se o avião cair, gritar não ajuda a que este se mantenha no ar. Portanto parem com a gritaria."

A segunda coisa que não percebo são as cenas de ciumes, e o andar atrás do respectivo(a) namorado(a). Escrutinar todos os detalhes da vida, vigiar os telefonemas, correspondência, ter um cúmplice que o(a) segue a todo o lado, e submeter a cara metade a apertados interrogatórios sobre onde esteve e com quem. E se aparece um fio de cabelo na roupa - está o caldo entornado! Não sei como uma pessoa pode ter pachorra para perder tanto tempo só a controlar outra.

Para mim, se se está com alguém, tem de se confiar. E a confiança deve ser total e absoluta, sem questionar nem hesitar. Senão não vale a pena investir numa relação. É desperdício de tempo e desgastante emocionalmente. Mas dá uma certa dose de animação de rua. E se não for às 3 da manhã, ainda melhor! (A primeira discussão aos berros que ouvi desde que estou nesta casa foi a essa hora. Aparentemente o rapazinho tinha ido deixar a casa uma amiga, e a namorada seguiu-o e não gostou. Teenagers!)